Essa poesia é velha. É lá de 2009, só de poesia faz 10 anos. Não faço mais idéia de como e porque ela surgiu, mas consigo ver que essa sensação de ter diversas faces sempre está na gente. É difícil ser sempre o mesmo, com cada um. A gente é diferente e com cada alguém um pedaço se mostra e para poucos todas as faces aparecem.
Um cômodo
Um cômodo, um quarto.Meu quarto brilha essa noite.
De graça não é a luz nem a máquina que cá escreve.
Se é que escreve.
Minhas quatro paredes
Minhas quatro personalidades,
O amável,
O intragável,
O amigo,
O inimigo.
Quiçá sou eu:
Um em cada parede,
Um em cada canto,
Em cada parede uma personalidade.
Creio que meu quarto deveria ser mais que um hexágono.
Só assim teria lugar para tantos eus.
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