Poetando...(Tocaia)

Os poemas de supetão são meus favoritos e vocês sabem disso. Eles sempre tem a ver com algo que acontece no dia, na hora ou naquele período de tempo em que foi criado. E há alguns dias eu estava pensando sobre as minhas poesias. Estava pensando em como era difícil, depois de tanto tempo on-line, com tantos e tantos textos na bagagem, ainda escrever novidade, fazer novos escritos e o pior e mais complicado dilema: Continuar... E sobre isso que fala a poesia Tocaia, sobre esse dilema.

Tocaia


Fui posto em meio
Ao passado de belos escritos,
Dos versos bem quistos
E do futuro ausente
Pois ainda há de vir.

Quisera eu reescrever a dor
Com a sutileza de quem ama
E a leveza do feliz...

Quis eu falar do amor
Com a constância da dor
E o marasmo da lamentação...

Estive eu em doce refrão
Da vida que se repete
E insiste em me manter preso.

O verso dessa poesia toda
Me prendeu,
Me ateu,
Atocaiou meu eu
Entre rimas que saltam,
Que assaltam minha mente
E faz com que eu pense
Que jamais voltaria a vê-las.

Pois fico eu aqui:
Entre a faca e o queijo,
Entre o pensado, o escrito
E o esquecido...

Entre o que irei dizer,
Mas ainda não dito,
Entre o dito
E os poucos

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