Cadê o traço
Deste destilado verso magro
Sem vertentes
Ou vertedouros,
Sem patentes
Ou decoro
Que nem forçado decoro.
Do brilho desta letra preta,
É opaca, eu lhes digo:
A vida desse poeta
Que tenta não opacar o brilho.
Cada desdém que faço
Guardo comigo rancor
De desdenhar uma vida magra
Mas de certa com algum valor:
Ser poeta não é pecado,
Se é, perdoe, meu Senhor,
Pois este é um dos poucos jeitos
Onde mostro, mesmo opaco,
Valor.
Gostei, Emílio!
ResponderExcluirAqui tinha que ter daqueles "curtir", como no face....