Olá Palotetes! Posso não parecer, mas sou um cara quadrado. Acho que os sentimentos hoje em dia são tratados de forma muito banal e às vezes considerar o mundo, como as coisas andam, me faz questionar muita coisa. Tenho muitos ideais, muitas idéias. Não consigo mudar o mundo, óbvio, e não falem que isso é assim possível e alcançável, mas eu posso ser correto, dentro de tanta provação e tentar espalhar por aí, um pouco mais de valor. Fiquem com Epopéia Besta.
Epopéia Besta
Do héroi que espera
Adicione um pouco de falta
Uma alma contrária
E uma mente normal.
Não espere heroísmo
Ou história que se conte
De um meio quilo
Pouco forte
De qual fala seu narrador.
Abdico do poder
De criar um moço épico.
Abdico da vontade
De guardar o fim como mistério.
Não há ser que não morra,
Mesmo que possa voltar outra vez.
Não a ser que faça sempre
Algo que nunca ninguém fez.
Não sejam tolos em acreditar
Que esta epopéia seja linda
Digna de ser contada ao rei.
Os reis do mundo são poucos,
O que é uma afronta ao mundo
Que muitos outros tem.
Mas quis contar pra você uma história
Uma dessas sem final,
Uma verdade monótona da vida
Da vida sua e minha
Que é na verdade um caos.
O seu amor cedeu a uma moça
Que seu coração levou ainda moleque.
Os seu “herói” quis ser sozinho
Como se escolher pudesse.
Do intelecto desse astro
Surgem arrebates de confiança
- Viva a vida, minha criança!
- Preciso muito estudar.
Cada caso que se conta
- Como o mundo pode mudar?
- Buscavam com sangue liberdade
- Para viver uma vida sem lar?
Quis ele permanecer no mundo
Quis tentar ser diferente,
Designar moral e ética
Enquanto essas estavam ausentes.
Mas disseram que é liberdade
Essa falta total de juízo.
Beijar bocas desconhecidas
E não abraçar um amigo.
Podem ferir com verbos
Qualquer transeunte de rua.
E não dão defesa ao analfabeto
Que vive a vida da rua.
Dizer que o mundo é chulo,
Tanto faz ou tanto fez.
Será mais uma poesia bela
Metida em meio a quatro ou três.
Quando a fé se compra
A vontade se submete ao vintém,
Quando o mundo finge
Que matar o mundo
Está tudo bem:
É difícil alertar,
Dizer que não chegaremos além.
E é tão fácil amar um desconhecido,
Matar uma vida a pílula.
Fazer o mundo mais alegre,
Num trago ou copo de bebida.
Mas estava ele,
Recorrendo ao seu interior,
Pedindo pro céu uma ajuda
E ao menos um pouco de amor.
Mas amor não veio.
Não parece haver nesse mundo
Um só coração coeso,
Uma mente sã.
Que dê devido valor a vida,
Aos pais e a irmã.
Que cuide bem de uma garota
Mesmo que seja pagã.
Que dê valor ao beijo
Como uma intimidade anã.
Que não veja o amor,
Como hormônios.
Uma mente que não queria dinheiro
Mas aceite sorrisos
A prestação.
Não parece ter no mundo,
Alguém que queria,
Mas não sou eu.
Acho que somos dois bestas (o que é muito melhor do que duas bestas!!!). Eu também só não sou quadrado por causa da minha altura, que me configura um pouco mais como retângulo huauhuah.
ResponderExcluirMas eu sinto coisas muito parecidas com o que você descreveu nesta poesia (ou que não descreveu, mas eu senti, sei lá) e considero-as extremamente importantes. Me identifico muito com elas; mas acredito sim que é possível mudar.
Obrigado pela poesia, de verdade!
Grande abraço (literalmente)!
Como seria bom se houvesse no mundo mais "bestas" como vocês...
ResponderExcluirSei.
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