Poetando...(Outorga)

Olá! Sei que vocês estão vivendo as entranhas do sentimento humano através do diário branco. O texto está promovendo discussões filosóficas dentro dos comentários e acho isso incrível. E o melhor, cada um acha uma coisa do escritor e de Alice. Muito bom o retorno de vocês e como apreço a todos que estão acompanhando o andamento desse folhetim faço-lhes uma Pausa Poética. Esse texto é de hoje, poderia ser considerado um Momento Bate Pronto, mas não é.

O texto dessa pausa se chama "Outorga". Eu gostei dele. Muito! Muitas pessoas se apegam a idéia do amor, da paixão, do ódio. Falam dos gostos dos seus amigos, mas é muito difícil conhecer alguém sem Outorga deste. Se você não sabe o que é outorga, clica aqui. Boa leitura!

P.S.: Vai junto mais um pedacinho de Diário Branco.

Au revoir,

Emílio Palote Santos -
Blog Palotesia.


Outorga


Lhe concedo o bem
O bem que detenho em maior posse,
Lhe concedo o que
Queria que mais seu fosse:

Não é meu desejo,
O meu jeito torto
De fazer desdém,
Não é nada comprado
Liquidado,
Por outro alguém.

Lhe outorgo o direito
De saber quem sou,
De entender o sujeito
Que lhe conquistou,
Ou irritou,
Lhe amou,
Ou odiou.

Dou a ti o direito
De conhecer uma pessoa
Crua, fosca e sem detalhes
Seca e sem habilidades
A não ser viver,
Sem saber como ser.

A outorga é tua
Da concessão minha
De saber quem sou,
Pois em ti confio
A minha alma,
O meu ser.

Comentários

Postar um comentário