Solilóquio sobre o amor
Frio com calor,
Gelo com sabor,
O vento não sopra,
Mas sua barriga sente:
O calafrio...
Mas e ai?
É medo?
Não, medo não é!
Medo tem de altura,
Tem de escuro.
Mas acaba que é medo sim!
Disse que num era,
Mas deve de ser...
Não te paralisa?
Não te deixa sem ação?
É medo! Ou não é?
Deve ser...
Muda muito...
É alegria também,
Do sorriso ao choro,
Quando é muito,
Mas parece pouco.
E pouco...
Vira muito...
E muito permanece...
Dez...
Doze segundos...
E deixa de ser muito,
E vira pouco,
De novo.
Estranho...
Achei que gostava
E gosto...
Mas por que desgosto?
Mas querer longe é desgostar?
Nem sempre o é.
Ou é?
Bagunçado...
Bate forte o peito...
E quando vai embora
A gente respira fundo.
Tão fundo...
E quer mais...
Amor...
É amor?
E pergunta pra mim?
Sei lá!
Deve ser...
Confuso...
Quem define?
Nós, poetas?
Caso, digo que não...
Pois assunto sabido
Não é tema de discussão...
Pois que é esquisito é...
Esse trem de amar...
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