Poetando...(Doido de pedra)

Doido de pedra


Um dia entrou um senhor magro
Muito alto, sim senhor.
Disse que queria batata, milho verde e couve-flor.
Atendi o meu cliente
Que tinha cara de doutor,
Usava óculos
Olhava pela lente
Igual em filme de projetor

Perguntei-lhe se queria
Mais uma dúzia de ovo,
Afinal minhas galinhas
Botam quase ovo de ouro

Ele disse satisfeito,
Mas pediu-me um favor:
“Se tem semente de dinheiro
Vende pra mim meu senhor?
Se não vou embora devendo
Batata, milho e couve-flor.”

Num é que era cabra safado!
Nem dinheiro tinha pra dar,
Quis levar minhas verdura
E ainda dinheiro pra plantar?

Ora, veja se pode, cada doido que há no mundo
Há uns doido que são doido
E outros que se fazem de doido
Mas são mesmo é vagabundo.

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